Imunidade parlamentar relativa no Direito Penal: Saiba tudo sobre!
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Imunidade parlamentar relativa no Direito Penal

Direito

Imunidades parlamentares e o estado de sítio no direito penal

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A imunidade parlamentar é um tema que levanta muitas discussões no campo do direito. Ela é um direito garantido aos parlamentares com o objetivo de protegê-los no exercício de suas funções, assegurando que possam se expressar livremente e tomar decisões sem sofrer pressões ou ameaças de processos judiciais ou outros tipos de retaliação. Neste artigo, vamos abordar a imunidade parlamentar relativa ao foro no direito penal, explicando o conceito e apresentando exemplos práticos.

O que é a imunidade parlamentar relativa ao foro no direito penal?

A imunidade parlamentar relativa ao foro é um direito garantido aos parlamentares que permite que eles sejam julgados apenas pelos tribunais superiores, como o Supremo Tribunal Federal (STF), em casos de crimes comuns cometidos no exercício do mandato ou em razão dele. Isso significa que, caso um parlamentar seja acusado de um crime comum, como roubo ou homicídio, ele não poderá ser julgado por um tribunal de primeira instância, mas sim pelo STF ou pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Esse tipo de imunidade tem como objetivo proteger o parlamentar de possíveis perseguições políticas, garantindo que o processo seja conduzido por um tribunal com maior independência e imparcialidade. No entanto, essa proteção não é absoluta, já que o parlamentar ainda pode ser investigado e processado criminalmente pelo STF ou STJ, e caso seja condenado, será punido de acordo com a legislação vigente.

imunidade parlamentar relativa ao foro

Exemplos de aplicação da imunidade parlamentar relativa ao foro

Para entender melhor como a imunidade parlamentar relativa ao foro funciona na prática, vamos apresentar dois exemplos.

Exemplo 1: Parlamentar acusado de corrupção

Imagine que um parlamentar é acusado de corrupção, em um esquema de desvio de recursos públicos, cometido durante o seu mandato. Neste caso, a imunidade parlamentar relativa ao foro permite que ele seja julgado apenas pelo STF, mesmo que o crime tenha sido cometido em uma vara de primeira instância.

A imunidade parlamentar ao foro foi aplicada no julgamento da Operação Lava Jato, em que diversos parlamentares foram investigados e julgados pelo STF, apesar de terem cometido crimes em outras instâncias judiciais. A aplicação dessa imunidade garante que o processo seja conduzido por um tribunal mais isento e independente, reduzindo os riscos de influências políticas e pressões externas.

Exemplo 2: Parlamentar acusado de homicídio

Agora, imagine que um parlamentar é acusado de ter cometido um crime de homicídio, em que a vítima foi um cidadão comum, fora do exercício de seu mandato. Nesse caso, a imunidade parlamentar relativa ao foro não é aplicável, e o parlamentar poderá ser julgado por um tribunal de primeira instância, de acordo com a legislação vigente.

Esse foi o caso do deputado estadual Flávio Bolsonaro, que foi acusado de participação em uma milícia no Rio de Janeiro e teve seu processo julgado em primeira instância, em vez de ser encaminhado ao STF. Isso ocorreu porque o crime não foi cometido durante o exercício de seu mandato parlamentar e não tinha relação com as funções desempenhadas por ele na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Conclusão

A imunidade parlamentar relativa ao foro no direito penal é um tema importante para a compreensão do funcionamento do sistema jurídico e político. Ela tem como objetivo proteger os parlamentares de possíveis perseguições políticas e garantir que o processo seja conduzido por um tribunal mais independente e imparcial. No entanto, essa proteção não é absoluta e não se aplica a todos os casos, sendo necessária uma análise cuidadosa em cada situação para determinar se a imunidade parlamentar ao foro é aplicável ou não.

Por isso, é fundamental que a sociedade e os poderes públicos estejam atentos à aplicação da imunidade parlamentar, para garantir que ela não seja utilizada como uma forma de proteção exagerada e que os parlamentares sejam responsabilizados criminalmente em casos de crimes comuns cometidos no exercício de suas funções ou em razão delas.

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About the Author

Me chamo Mariana Carvalho, sou advogada, professora de Direito e autora publicada pela Editora Juspodivm. Eu te ajudo a passar na OAB!

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