Diferenças entre crimes Comum, Próprio e de Mera Conduta
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Diferenças entre crimes Comum, Próprio e de Mera Conduta

Direito

crime comum, próprio e de mera conduta

O Direito Penal é a área do Direito responsável por regular as condutas que são consideradas crimes e estabelecer as consequências jurídicas e penais para aqueles que as praticam. Nesse sentido, é fundamental entender os diferentes tipos de crimes que existem, como os crimes comum, próprio e de mera conduta.

Neste artigo, vamos abordar detalhadamente esses conceitos, destacando suas particularidades e apresentando exemplos para que fique mais fácil compreender cada um deles.

Crimes Comum:

O crime comum é aquele que pode ser praticado por qualquer pessoa, independentemente de suas características pessoais ou profissionais. Em outras palavras, qualquer indivíduo pode ser autor ou vítima de um crime comum.

Um exemplo de crime comum é o homicídio. Qualquer pessoa pode cometer um homicídio, seja um profissional do Direito ou um trabalhador comum. Além disso, qualquer pessoa pode ser vítima de um homicídio, independentemente de suas características pessoais.
Outro exemplo de crime comum é o furto. Qualquer pessoa pode furtar um bem de outra pessoa, independentemente de sua profissão ou status social. Da mesma forma, qualquer pessoa pode ser vítima de um furto, independentemente de suas características pessoais.

Crimes Próprio:

Ao contrário do crime comum, o crime próprio é aquele que exige que o autor tenha determinadas características pessoais ou profissionais para que possa ser praticado. Em outras palavras, apenas pessoas com determinadas características podem ser autoras ou vítimas de um crime próprio.

Um exemplo de crime próprio é o estelionato. O estelionato é um crime que exige que o autor tenha uma habilidade especial para enganar as pessoas. Em geral, o estelionatário é uma pessoa com habilidades de persuasão e convencimento acima da média. Além disso, o estelionato geralmente é praticado contra pessoas que são vulneráveis, como idosos ou pessoas com deficiência.
Outro exemplo de crime próprio é o exercício ilegal da profissão. Esse crime é praticado por pessoas que exercem uma profissão regulamentada sem ter a devida qualificação. Ou seja, apenas pessoas que não possuem a qualificação necessária podem ser autoras do crime de exercício ilegal da profissão.
crime comum, próprio e de mera conduta

Crimes de Mera Conduta:

Por fim, temos os crimes de mera conduta. Esses crimes são aqueles em que não é necessário que ocorra um resultado específico para que sejam considerados crime. Ou seja, a própria conduta já é considerada criminosa.

Um exemplo de crime de mera conduta é a desobediência. A desobediência é um crime que ocorre quando uma pessoa se recusa a cumprir uma ordem legal. Nesse caso, não é necessário que ocorra um resultado específico para que a conduta seja considerada criminosa.
Outro exemplo de crime de mera conduta é a perturbação do sossego alheio. Esse crime ocorre quando uma pessoa realiza atividades que causem barulho excessivo em horários e locais que prejudiquem o sossego das pessoas ao redor. Nesse caso, a própria conduta é considerada criminosa, independentemente de haver ou não uma vítima. 

Conclusão:

Em resumo, os crimes comum, próprio e de mera conduta são importantes conceitos do Direito Penal que devem ser compreendidos para que se possa entender como funcionam as leis que regulamentam o sistema penal.

Os crimes comuns podem ser praticados por qualquer pessoa e não exigem nenhuma habilidade ou característica específica. Já os crimes próprios exigem que o autor tenha determinadas características pessoais ou profissionais para que possam ser praticados. Por fim, os crimes de mera conduta são aqueles em que a própria conduta é considerada criminosa, independentemente de haver ou não um resultado específico.

É importante ressaltar que cada tipo de crime tem suas particularidades e que é necessário estudá-los individualmente para compreender como funcionam na prática. Além disso, é fundamental que as leis que regulamentam o Direito Penal sejam aplicadas de forma justa e equânime, garantindo os direitos de todos os envolvidos no processo penal.

About the Author

Me chamo Mariana Carvalho, sou advogada, professora de Direito e autora publicada pela Editora Juspodivm. Eu te ajudo a passar na OAB!

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