Diferenças entre crimes Instantâneo, Permanente e Instantâneo
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Diferenças entre crimes Instantâneo, Permanente e Instantâneo

Direito

crimes instantâneo, permanente e instantâneos

Crimes instantâneo, permanente e instantâneo de feito permanente são categorias importantes no direito penal para identificar a duração e a natureza do delito. Cada um desses conceitos apresenta particularidades que precisam ser compreendidas para a correta aplicação da lei. Neste artigo, abordaremos detalhadamente cada um desses tipos de crime, apresentando exemplos para facilitar a compreensão.

Crime instantâneo

O crime instantâneo é aquele que se consuma em um único momento, ou seja, sua prática é instantânea. Em outras palavras, trata-se de um delito que ocorre em um lapso temporal curto, de forma quase que imediata. O momento em que o crime é praticado é determinante para a sua configuração, e sua consumação ocorre em um único ato. Em geral, o crime instantâneo é o mais comum na prática penal.

Exemplo 1: Lesão corporal

Imagine que uma pessoa, em um momento de raiva, desfere um soco em outra pessoa, causando-lhe uma lesão corporal. Nesse caso, o crime de lesão corporal é considerado instantâneo, pois a consumação do delito ocorreu no momento em que o soco foi desferido. Não há duração prolongada da lesão, que se consumou em um único ato.

Exemplo 2: Furto

Outro exemplo de crime instantâneo é o furto. Se uma pessoa subtrai um objeto de outra, o delito é considerado instantâneo, pois se consuma no momento em que o objeto é retirado da posse da vítima. Mesmo que o objeto furtado seja mantido em posse do agente do crime por um período prolongado, a consumação do delito se deu no momento em que ocorreu a subtração.

Crime permanente

Diferentemente do crime instantâneo, o crime permanente é aquele que tem uma duração prolongada no tempo, mantendo-se a lesão ao bem jurídico tutelado. Em outras palavras, o delito permanece em andamento enquanto a situação de fato que o configura não é encerrada ou revertida. O momento exato da consumação não é determinante, sendo necessário que a ação continue para a configuração do delito.

Exemplo 1: Sequestro

O sequestro é um exemplo clássico de crime permanente. Se uma pessoa é privada de sua liberdade, o delito é considerado permanente, pois a vítima permanece sob o domínio do agente do crime enquanto a situação não é revertida. Mesmo que a vítima seja mantida em cativeiro por um longo período de tempo, o delito permanece em andamento enquanto a situação de fato que o configura não é revertida.

Exemplo 2: Dano

Outro exemplo de crime permanente é o dano. Se uma pessoa danifica um bem móvel ou imóvel de outra, o delito é considerado permanente, pois o dano permanece enquanto não é reparado ou compensado. A consumação do delito não ocorre no momento em que o bem é danificado, mas sim enquanto o dano permanecer.
Crime instantâneo, permanente e instantaneo

Crime instantâneo de efeito permanente

O crime instantâneo de efeito permanente, por sua vez, caracteriza-se por uma conduta instantânea, mas que produz efeitos duradouros no tempo. Ou seja, a consumação do crime ocorre em um momento específico, mas os efeitos perduram.

Um exemplo de crime instantâneo de efeito permanente seria a pichação de um patrimônio histórico. O ato de pichar é instantâneo, mas o efeito danoso permanece por um longo período, podendo exigir reparos ou até mesmo a restauração do patrimônio histórico.
Outro exemplo é a instalação de uma escuta ilegal em uma sala de reuniões. Neste caso, o crime é consumado no momento em que a escuta é instalada, mas o resultado (a captação indevida de conversas) permanece no tempo e continua a ser um ilícito mesmo após a ação do agente ter cessado. Mesmo que o agente já tenha desinstalado a escuta, o resultado criminoso ainda existe e o crime instantâneo de feito permanente é caracterizado.

Conclusão

Conhecer as diferenças entre crimes instantâneo, permanente e instantâneo de efeito permanente é importante para a correta tipificação dos delitos, bem como para a definição das penas aplicáveis em cada caso. É fundamental que os operadores do direito tenham domínio sobre esses conceitos, a fim de que possam aplicá-los de maneira adequada em suas atividades.

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About the Author

Me chamo Mariana Carvalho, sou advogada, professora de Direito e autora publicada pela Editora Juspodivm. Eu te ajudo a passar na OAB!

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