O crime omissivo é uma conduta que se caracteriza pela inatividade ou falta de ação, em situações em que era esperada uma atuação positiva. Nesse sentido, é importante entender que, assim como na conduta comissiva (ação positiva), a omissão também pode ser considerada como um crime, desde que sejam preenchidos os requisitos legais.
No direito penal, existem diferentes formas de conduta quanto ao crime omissivo. Neste artigo, vamos abordar cada uma dessas formas, explicando seus conceitos e apresentando exemplos práticos.
Omissão própria
A omissão própria é aquela em que o agente tem o dever legal ou contratual de agir, mas deixa de fazê-lo. Esse dever pode ser imposto por lei, como é o caso do dever de prestar socorro em situações de emergência, ou por um contrato, como o dever de um médico de prestar assistência a um paciente em estado grave.
Um exemplo prático de omissão própria é o caso de um médico que, diante de uma emergência médica, se recusa a atender um paciente, alegando falta de vontade ou desinteresse. Nessa situação, o médico tinha o dever contratual de prestar assistência e, ao não fazê-lo, comete o crime de omissão própria.
Outro exemplo de omissão própria é o caso de um motorista que presencia um acidente de trânsito e não presta socorro às vítimas. Nessa situação, o motorista tinha o dever legal de prestar assistência, conforme previsto no Código de Trânsito Brasileiro, e, ao não fazê-lo, comete o crime de omissão própria.
Omissão imprópria
A omissão imprópria, também chamada de comissiva por omissão, é aquela em que o agente, embora não tenha o dever legal ou contratual de agir, assume o risco de produzir o resultado. Ou seja, o agente não é obrigado a agir, mas, mesmo assim, sua omissão contribui para a ocorrência do crime.
Um exemplo prático de omissão imprópria é o caso de um pai que deixa de alimentar seu filho, mesmo tendo condições financeiras para isso, e acaba por causar a morte da criança por desnutrição. Nessa situação, embora o pai não tivesse o dever legal de alimentar o filho, sua omissão contribuiu para a morte da criança, configurando o crime de omissão imprópria.
Outro exemplo de omissão imprópria é o caso de um bombeiro que, diante de um incêndio, omite-se de tomar as medidas necessárias para combater as chamas e acaba por permitir que o fogo se alastre, causando danos a terceiros. Nessa situação, embora o bombeiro não tivesse o dever legal de agir, sua omissão contribuiu para o agravamento do incêndio, configurando o crime de omissão imprópria.
Conclusão
Em suma, o crime omissivo pode se apresentar de diferentes formas, dependendo das circunstâncias do caso concreto. É importante ressaltar que, para que a omissão seja considerada como crime, é necessário que sejam preenchidos todos os requisitos legais, como a existência de um dever legal ou contratual de agir, ou a assunção do risco de produzir o resultado.
Portanto, é fundamental que os profissionais do direito e a sociedade em geral estejam atentos às diferentes formas de conduta quanto ao crime omissivo, a fim de garantir a proteção dos direitos e da dignidade das pessoas. Além disso, é importante destacar a relevância da prevenção de situações em que a omissão possa resultar em prejuízos a terceiros, por meio da promoção de políticas públicas e da conscientização social.
Por fim, é necessário lembrar que a legislação penal brasileira é complexa e exige conhecimento técnico para sua interpretação e aplicação corretas. Por isso, é essencial contar com a orientação de profissionais especializados em direito penal para esclarecer dúvidas e garantir a defesa dos direitos e interesses dos envolvidos em processos criminais.
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