Imunidade Parlamentar Relativa ao Processo no Direito Penal
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Imunidade Parlamentar Relativa ao Processo no Direito Penal

Direito

Imunidade Parlamentar relativa ao processo

A imunidade parlamentar é um instituto previsto na Constituição Federal que garante a proteção aos membros do Congresso Nacional, Assembleias Legislativas e Câmara Legislativa do Distrito Federal no exercício do mandato. Essa proteção se dá em duas modalidades: imunidade material e imunidade formal. Neste artigo, discutiremos especificamente a imunidade parlamentar relativa ao processo no direito penal.

Conceito de Imunidade Parlamentar Relativa ao Processo no Direito Penal

A imunidade parlamentar relativa ao processo no direito penal é uma garantia concedida aos parlamentares que impede que sejam processados por crimes comuns, a não ser que haja autorização da Casa Legislativa a que pertencem. Essa autorização é necessária para que o parlamentar seja processado criminalmente, seja ele réu ou investigado em um inquérito policial.

A imunidade parlamentar relativa ao processo no direito penal tem como objetivo evitar que o parlamentar seja vítima de perseguição política e de constrangimentos indevidos em razão do exercício do mandato. Além disso, a imunidade garante a independência do Poder Legislativo, uma vez que impede que o parlamentar seja preso ou processado criminalmente sem a autorização da respectiva Casa Legislativa.

Imunidade parlamentar relativa ao processo

Exemplos de Imunidade Parlamentar Relativa ao Processo no Direito Penal

Um exemplo de aplicação da imunidade parlamentar relativa ao processo no direito penal ocorreu em 2017, quando o então senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi alvo de uma operação da Polícia Federal que investigava supostos crimes de corrupção passiva e obstrução de Justiça. Após a divulgação dos áudios da conversa entre Aécio e o empresário Joesley Batista, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o afastamento do senador do mandato e o proibiu de sair de casa à noite. No entanto, o Senado Federal se recusou a autorizar o processo contra Aécio, que pôde retomar suas atividades parlamentares normalmente.
Outro exemplo de aplicação da imunidade parlamentar relativa ao processo no direito penal ocorreu em 2021, quando o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) foi preso em flagrante pela Polícia Federal por supostamente ter praticado crimes contra a segurança nacional e contra a honra do Supremo Tribunal Federal. No entanto, o Supremo Tribunal Federal determinou que a prisão fosse convertida em prisão domiciliar, uma vez que a Câmara dos Deputados não autorizou a abertura do processo penal contra o deputado.

Conclusão

A imunidade parlamentar relativa ao processo no direito penal é um importante instrumento de proteção aos membros do Poder Legislativo. No entanto, é preciso observar que a imunidade não significa impunidade, e que os parlamentares ainda podem ser investigados e julgados pelo Poder Judiciário. Além disso, a imunidade parlamentar relativa ao processo no direito penal não se aplica a crimes cometidos antes ou depois do exercício do mandato, nem a crimes de opinião ou manifestações políticas. É necessário, portanto, que a imunidade parlamentar seja interpretada de forma restritiva e em consonância com os princípios constitucionais.

É importante destacar ainda que a imunidade parlamentar relativa ao processo no direito penal é diferente da imunidade material, que garante aos parlamentares a inviolabilidade por opiniões, palavras e votos no exercício do mandato. A imunidade material tem como objetivo proteger a liberdade de expressão dos parlamentares, enquanto a imunidade relativa ao processo tem como objetivo proteger a independência do Poder Legislativo.

Por fim, é fundamental que a imunidade parlamentar seja utilizada de forma responsável e em conformidade com os princípios democráticos e republicanos. O abuso ou a utilização indevida da imunidade parlamentar pode colocar em risco a credibilidade das instituições e a confiança da sociedade no Poder Legislativo.

Portanto, a imunidade parlamentar relativa ao processo no direito penal é uma garantia constitucional que visa proteger os membros do Poder Legislativo no exercício do mandato. No entanto, é necessário que essa proteção seja interpretada de forma restritiva e em conformidade com os princípios constitucionais. O uso indevido da imunidade pode colocar em risco a credibilidade das instituições e a confiança da sociedade no Poder Legislativo.

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About the Author

Me chamo Mariana Carvalho, sou advogada, professora de Direito e autora publicada pela Editora Juspodivm. Eu te ajudo a passar na OAB!

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