Involuntariedade no Direito Penal: Conceito e Suas Implicações
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Involuntariedade no Direito Penal: Conceito e Suas Implicações

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No Direito Penal, a culpabilidade é um elemento fundamental para a caracterização de um crime. É necessário que o agente tenha agido com consciência e vontade para que seja considerado culpado pelo delito cometido. No entanto, em certos casos, pode ocorrer uma situação em que o agente age involuntariamente, ou seja, sem a intenção ou consciência de praticar o ato criminoso. Nesses casos, a involuntariedade pode ser uma defesa possível para a acusação. Neste artigo, explicaremos o conceito de involuntariedade no Direito Penal e seus tipos, além de apresentar dois exemplos para cada conceito.

O que é involuntariedade no Direito Penal?

A involuntariedade é a ausência de vontade consciente por parte do agente ao praticar um ato ilícito. Ela pode ocorrer de duas formas: por coação física ou moral irresistível, ou por erro de tipo.

Coação física ou moral irresistível

A coação física ou moral irresistível é uma situação em que o agente é forçado a praticar um ato criminoso por uma ameaça física ou psicológica grave e iminente, que o deixe sem opção para agir de outra forma. Nesses casos, o agente não tem o controle da situação e é considerado um mero instrumento nas mãos do agressor. A coação física é a ameaça de violência física, enquanto a coação moral é a ameaça de violência psicológica, como ameaça de morte ou difamação.

Exemplo 1: João é ameaçado por um grupo de criminosos para que ele faça parte de um roubo em uma joalheria. Ele sabe que se não cumprir a ordem, ele e sua família correm risco de vida. João não tem a intenção de roubar, mas age sob coação física, o que o leva a cometer o crime. Nesse caso, a coação física é uma defesa possível para a acusação de roubo.
Exemplo 2: Maria é vítima de um sequestro relâmpago e é obrigada pelos criminosos a dirigir o veículo para a fuga. Ela não tem escolha e age sob coação física. Durante a fuga, os criminosos praticam um roubo em uma loja. Maria é presa junto com os bandidos e é acusada de roubo. Nesse caso, a coação física é uma defesa possível para a acusação de roubo.
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Erro de tipo

O erro de tipo é outra forma de involuntariedade e ocorre quando o agente não tem conhecimento ou informação suficiente para perceber a ilicitude de sua conduta. Ele pode ser dividido em erro de tipo essencial ou erro de tipo acidental.

O erro de tipo essencial ocorre quando o agente desconhece uma característica essencial do fato, o que o leva a praticar um ato ilícito sem intenção. Por exemplo, se um vendedor de uma loja vende um produto que acredita ser lícito, mas que, na verdade, é produto de furto, ele comete um crime de receptação sem intenção de praticá-lo, uma vez que ele não tinha conhecimento da origem ilícita do produto.

Já o erro de tipo acidental ocorre quando o agente desconhece uma circunstância específica do fato, mas tem conhecimento da ilicitude geral da conduta. Por exemplo, se um agente policial atira em um suspeito durante uma perseguição, acreditando que ele estava armado, mas, na verdade, o suspeito não estava armado, ele comete um erro de tipo acidental. Nesse caso, ele tinha a intenção de atirar no suspeito, mas o erro quanto à circunstância específica de que o suspeito não estava armado pode configurar uma defesa para a acusação de homicídio.

Exemplo 1: Pedro é convidado por um amigo para carregar uma mala em um aeroporto em troca de dinheiro. Ele aceita a oferta, sem saber que a mala contém drogas. Durante a operação, Pedro é preso e acusado de tráfico de drogas. Nesse caso, o erro de tipo essencial é uma defesa possível para a acusação de tráfico, uma vez que Pedro não tinha conhecimento da ilicitude do que estava fazendo.
Exemplo 2: Carlos acredita que seu apartamento está sendo invadido por um assaltante e, por isso, atira em direção à porta. No entanto, ao verificar a situação, ele percebe que se enganou e que na verdade era seu vizinho que estava tentando entrar no apartamento por engano. Nesse caso, o erro de tipo acidental pode ser uma defesa para a acusação de homicídio ou tentativa de homicídio, uma vez que Carlos acreditava estar agindo em legítima defesa, mas cometeu um erro quanto à circunstância específica da ameaça.

Conclusão

Em resumo, a involuntariedade no Direito Penal ocorre quando o agente pratica um ato ilícito sem ter consciência ou intenção de fazê-lo. A coação física ou moral irresistível e o erro de tipo são duas formas de involuntariedade que podem ser usadas como defesa para a acusação em um processo penal. É importante lembrar que cada caso deve ser avaliado individualmente, e que a defesa da involuntariedade nem sempre é aceita pelos tribunais.

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About the Author

Me chamo Mariana Carvalho, sou advogada, professora de Direito e autora publicada pela Editora Juspodivm. Eu te ajudo a passar na OAB!

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