A participação qualificada: participação dolosamente distinta
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A participação qualificada: participação dolosamente distinta

Direito

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O Direito Penal é o ramo do Direito que trata dos crimes e suas punições. No entanto, nem sempre é fácil definir a responsabilidade penal de cada envolvido em uma infração. Nesse contexto, a figura da participação dolosamente distinta surge como uma forma de avaliar a culpabilidade de cada indivíduo que colabora para a execução de um delito. Neste artigo, vamos explicar o que é a participação dolosamente distinta e como ela funciona no Direito Penal.

Participação dolosamente distinta: conceito e exemplos

A participação dolosamente distinta é uma figura que surge quando dois ou mais indivíduos colaboram para a prática de um crime, mas possuem dolo diferente. Isso significa que um dos envolvidos age com intenção de cometer o delito, enquanto outro colabora sem ter essa intenção.

Nesse caso, a lei prevê que o envolvido que age sem dolo de cometer o crime não pode ser punido pelo mesmo delito que o outro autor. No entanto, ele pode ser responsabilizado por um crime diferente, que corresponde à sua conduta específica.

Vamos dar um exemplo para facilitar o entendimento. Suponha que João e Maria resolvem roubar um banco. João é o autor material do crime, ou seja, é ele quem entra na agência bancária e subtrai o dinheiro. Já Maria fica do lado de fora, aguardando João. No entanto, João age com dolo de cometer o delito, enquanto Maria não. Nesse caso, João responde pelo crime de roubo, enquanto Maria é acusada de cumplicidade ou participação em crime.

No entanto, se a conduta de Maria for considerada dolosamente distinta, ela não poderá ser acusada do mesmo crime que João. Nesse caso, ela pode ser responsabilizada por um crime diferente, que corresponde à sua conduta específica. Por exemplo, se ficar comprovado que ela sabia do plano de João e concordou em participar do roubo, ela pode ser acusada de associação criminosa.

Outro exemplo que pode ajudar a entender a participação dolosamente distinta é o de um grupo de traficantes de drogas. Suponha que um dos membros do grupo, chamado Pedro, é responsável por transportar a droga de um lugar para outro. Já outro membro, chamado Carlos, não participa diretamente do transporte, mas empresta o carro para que Pedro possa fazê-lo. Se ficar comprovado que Pedro tinha dolo de transportar a droga, mas Carlos não tinha essa intenção, a participação de Carlos pode ser considerada dolosamente distinta. Nesse caso, ele não pode ser acusado do mesmo crime que Pedro, mas pode ser responsabilizado por outro delito, como associação criminosa ou tráfico de drogas.
participação dolosamente

Exemplos de participação dolosamente distinta

Para ilustrar a aplicação do conceito de participação dolosamente distinta, apresentamos dois exemplos:

  1. Caso da emboscada
Suponha que três indivíduos, A, B e C, combinaram previamente um roubo a um carro-forte em uma estrada isolada. Durante a ação, A e B ficam responsáveis por render os vigilantes e levar o dinheiro, enquanto C fica no carro de fuga. Durante a fuga, um dos vigilantes é baleado e morre. Nesse caso, A e B responderão por latrocínio, enquanto C responderá apenas por roubo, já que ele não tinha conhecimento ou consentimento sobre a conduta de A e B que levou à morte do vigilante.
  1. Caso da briga de rua
Dois amigos, A e B, estão em uma festa quando se envolvem em uma briga de rua com um desconhecido, C. Durante a briga, A e B agridem C com socos e chutes, mas em determinado momento A percebe que a situação está fugindo do controle e tenta acalmar os ânimos, enquanto B continua a agredir C até que este desmaia. Nesse caso, A responderá por lesão corporal, enquanto B responderá por lesão corporal seguida de morte, já que sua conduta contribuiu diretamente para o resultado fatal.

Conclusão

Em suma, a participação dolosamente distinta é uma figura jurídica importante no direito penal, que permite a individualização da responsabilidade penal de cada participante de uma conduta delituosa. Para que seja aplicada, é necessário que cada agente tenha uma conduta autônoma e distinta dos demais, com objetivo e dolo próprios. Assim, é possível evitar a responsabilização penal de forma injusta e desproporcional, bem como garantir a efetividade da punição em relação aos participantes que efetivamente contribuíram para a prática do crime.

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About the Author

Me chamo Mariana Carvalho, sou advogada, professora de Direito e autora publicada pela Editora Juspodivm. Eu te ajudo a passar na OAB!

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