Prescrição da pretensão punitiva: fundamentos e aplicação prática
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Prescrição da pretensão punitiva: fundamentos e aplicação prática

Direito

Prescrição da pretensão punitiva

A prescrição da pretensão punitiva no direito penal é um tema importante e complexo que diz respeito ao limite temporal para que o Estado possa punir um indivíduo por uma infração penal. Esse limite está previsto em lei e tem como objetivo garantir a segurança jurídica e evitar a possibilidade de uma punição excessivamente tardia, que poderia prejudicar a defesa do acusado e a efetividade do processo penal. Neste artigo, vamos explorar o conceito de prescrição da pretensão punitiva, seus prazos e exemplos de casos que podem ajudar a entender melhor o tema.

O que é a prescrição da pretensão punitiva?

A prescrição da pretensão punitiva é a perda do direito do Estado em punir um indivíduo pelo cometimento de um crime. Ela ocorre quando o prazo para que a ação penal seja iniciada ou concluída é ultrapassado, conforme previsto na legislação penal. É importante destacar que a prescrição não extingue o crime, mas apenas o direito do Estado em punir o acusado. Isso significa que o indivíduo continua sendo considerado formalmente culpado pelo crime, mas não pode mais ser condenado ou sofrer qualquer outra sanção penal.

Prazos da prescrição da pretensão punitiva

Os prazos da prescrição da pretensão punitiva estão previstos no Código Penal brasileiro, e variam de acordo com a gravidade do crime. Para crimes com pena máxima de até 1 ano, a prescrição ocorre em 2 anos; para crimes com pena máxima de até 2 anos, a prescrição ocorre em 4 anos; para crimes com pena máxima de até 4 anos, a prescrição ocorre em 8 anos; para crimes com pena máxima de até 8 anos, a prescrição ocorre em 12 anos; para crimes com pena máxima de até 12 anos, a prescrição ocorre em 16 anos; para crimes com pena máxima de até 20 anos, a prescrição ocorre em 20 anos; e para crimes com pena máxima de mais de 20 anos, a prescrição ocorre em 24 anos.

É importante destacar que esses prazos podem ser reduzidos pela metade quando o acusado é menor de 21 anos na época do crime, ou quando o crime é praticado contra crianças ou adolescentes, idosos, pessoas com deficiência ou em situação de violência doméstica.

Prescrição da pretensão punitiva

Exemplos de prescrição da pretensão punitiva

Para entender melhor como funciona a prescrição da pretensão punitiva, vamos analisar dois exemplos de casos.

Exemplo 1: Furto simples

Imagine que João tenha furtado um celular de uma loja em 2018. A pena prevista para esse crime é de 1 a 4 anos de prisão. Se a acusação não for iniciada até 2020, ou se não houver sentença condenatória até 2022, ocorrerá a prescrição da pretensão punitiva, e João não poderá mais ser punido pelo crime de furto. Nesse caso, ele continua sendo formalmente culpado pelo crime, mas não pode mais ser condenado ou sofrer qualquer outra sanção penal.

Exemplo 2: Homicídio doloso

Agora, imagine que Pedro tenha cometido um homicídio doloso em 2010. A pena prevista para esse crime é de 6 a 20 anos de prisão. Se a acusação não for iniciada até 2022, ou se não houver sentença condenatória até 2030, ocorrerá a prescrição da pretensão punitiva, e Pedro não poderá mais ser punido pelo crime de homicídio doloso. Nesse caso, ele continua sendo formalmente culpado pelo crime, mas não pode mais ser condenado ou sofrer qualquer outra sanção penal.

Conclusão

A prescrição da pretensão punitiva é um tema importante e complexo no direito penal. Ela estabelece um limite temporal para que o Estado possa punir um indivíduo por uma infração penal, garantindo a segurança jurídica e evitando a possibilidade de uma punição excessivamente tardia. Os prazos da prescrição variam de acordo com a gravidade do crime, e podem ser reduzidos em casos específicos. É importante destacar que a prescrição não extingue o crime, mas apenas o direito do Estado em punir o acusado. Por isso, é fundamental que os prazos sejam respeitados e que a justiça seja feita dentro dos limites estabelecidos pela lei.

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About the Author

Me chamo Mariana Carvalho, sou advogada, professora de Direito e autora publicada pela Editora Juspodivm. Eu te ajudo a passar na OAB!

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