Previsão Legal e Considerações - Consumação e Tentativa: veja!
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Previsão Legal e Considerações – Consumação e Tentativa

Direito

Previsão legal e considerações consumação e tentativa

No campo do Direito Penal, a compreensão dos conceitos de consumação e tentativa é fundamental para a correta aplicação da lei. Consumação refere-se à efetivação completa do crime, enquanto a tentativa ocorre quando o agente não consegue concluir o delito, mesmo que tenha iniciado a execução. Neste artigo, exploraremos a importância da previsão legal e as considerações relacionadas à consumação e tentativa no Direito Penal. Além disso, serão apresentados dois exemplos práticos para uma melhor compreensão desses conceitos.

Previsão Legal e sua Relevância

A previsão legal, também conhecida como reserva legal, é um princípio basilar do Direito Penal que estabelece que não há crime sem lei anterior que o defina. Essa garantia é essencial para proteger os cidadãos contra arbitrariedades e assegurar que apenas condutas claramente definidas como criminosas sejam passíveis de punição.

Exemplo 1: Crime de Homicídio

Para ilustrar a previsão legal, consideremos o crime de homicídio. A previsão legal desse delito deve detalhar os elementos essenciais, como a morte de uma pessoa causada por outra. A ausência de previsão legal levaria à insegurança jurídica, permitindo interpretações subjetivas e possibilitando a punição de atos que não se enquadram no tipo penal.

Consumação no Direito Penal

A consumação de um crime ocorre quando todas as etapas previstas no tipo penal foram concretizadas, resultando na efetivação completa da conduta criminosa. Nesse momento, o delito se consuma e torna-se passível de punição.

Exemplo 2: Roubo Consumado

No crime de roubo, a consumação ocorre quando o agente consegue subtrair a coisa alheia móvel da vítima mediante violência ou grave ameaça. Assim que o objeto é retirado da posse da vítima, o delito se consuma, e o agente pode ser responsabilizado pelo roubo praticado.

Tentativa no Direito Penal

A tentativa, por sua vez, ocorre quando o agente pratica atos para executar o crime, mas, por circunstâncias alheias à sua vontade, não consegue concluir a conduta criminosa. Mesmo não havendo a efetiva consumação do delito, a tentativa é passível de punição, considerando-se a periculosidade da conduta empreendida.

Exemplo 3: Tentativa de Homicídio

Suponhamos que um indivíduo tente matar outra pessoa, efetuando disparos de arma de fogo, mas não alcance seu objetivo. Nessa situação, mesmo que a vítima tenha sobrevivido, a tentativa de homicídio ocorreu e o agente pode ser responsabilizado criminalmente por sua conduta perigosa e prejudicial à sociedade.

Considerações Importantes

É importante destacar que a previsão legal desempenha um papel crucial na diferenciação entre consumação e tentativa. A clareza da legislação é essencial para determinar o momento em que o delito se torna consumado ou configurar a tentativa, garantindo uma aplicação justa e precisa da lei.

Exemplo 4: Crime de Furto Tentado

No crime de furto, a tentativa ocorre quando o agente inicia os atos para subtrair a coisa alheia móvel, mas é impedido antes de conseguir efetivar a ação. Por exemplo, se um indivíduo começa a retirar um objeto da posse da vítima, mas é surpreendido e não consegue completar o furto, configura-se o crime de furto tentado.

A Dimensão Subjetiva da Tentativa

Além dos atos praticados pelo agente, a tentativa envolve uma dimensão subjetiva relevante. Para que seja considerada tentativa, o agente deve ter a intenção de consumar o crime, ou seja, a vontade de efetivamente praticar a conduta delituosa.

Exemplo 5: Tentativa de Estelionato

Em um caso de tentativa de estelionato, o agente pode elaborar um esquema fraudulento para enganar uma vítima, porém, antes de concretizar o golpe, as autoridades descobrem a trama e o impedem de prosseguir com o crime. Nesse exemplo, a tentativa existe tanto pelos atos praticados quanto pela vontade subjacente de obter vantagem ilícita mediante fraude.
Previsão Legal e Considerações – Consumação e Tentativa

A Subjetividade na Diferenciação entre Consumação e Tentativa

A diferenciação entre consumação e tentativa no Direito Penal muitas vezes envolve a análise da subjetividade do agente. A intenção por trás das ações e a vontade de efetivar o crime desempenham um papel crucial na determinação da natureza do delito, seja ele consumado ou apenas uma tentativa.

Exemplo 6: Tentativa de Homicídio por Motivação Passional

Imagine um caso em que um indivíduo, motivado por ciúmes e raiva, planeja matar seu cônjuge. Ele se arma e vai até a casa da vítima com a intenção clara de tirar sua vida. Contudo, ao se deparar com a presença de outras pessoas, o agente desiste de cometer o crime e foge do local. Nessa situação, a tentativa de homicídio fica caracterizada pelos atos praticados pelo agente e pela intenção subjacente de cometer o delito, apesar de não ter conseguido consumá-lo.

A Importância da Pena na Tentativa

No caso da tentativa, a pena deve ser menor em comparação com a consumação do crime. Isso ocorre porque a ação criminosa não foi levada a cabo por completo, reduzindo o dano potencial à vítima e à sociedade como um todo.

Exemplo 7: Consumação e Tentativa de Roubo

Suponhamos que um indivíduo tente realizar um roubo a um estabelecimento comercial. Armado, ele anuncia o assalto, mas o alarme é acionado, e a polícia chega ao local antes que ele consiga subtrair qualquer objeto. Nessa situação, o crime de roubo se configura como tentativa, e a pena aplicada será menor do que se ele tivesse conseguido concretizar o roubo.

A Importância do Elemento Subjetivo na Decisão Judicial

A análise do elemento subjetivo, ou seja, das intenções e do dolo do agente, é essencial na decisão judicial sobre a consumação ou tentativa de um crime. A compreensão das circunstâncias e da motivação por trás das ações do indivíduo permite uma aplicação mais justa e precisa da lei.

Exemplo 8: Tentativa de Feminicídio

No crime de feminicídio, em que o agente mata uma mulher por razões de gênero, a análise do elemento subjetivo é crucial. Suponhamos que um indivíduo planeje matar sua esposa, mas, em um momento de dúvida, desista de cometer o crime. A decisão judicial considerará não apenas os atos praticados pelo agente, mas também sua motivação, para determinar a caracterização de tentativa de feminicídio.

Conclusão

A compreensão dos conceitos de consumação e tentativa no Direito Penal é essencial para uma justa aplicação da lei. A previsão legal, ao estabelecer os parâmetros para a diferenciação entre esses dois estados do delito, contribui para a segurança jurídica e proteção dos direitos individuais dos cidadãos.

A análise cuidadosa do elemento subjetivo do agente, considerando suas intenções e motivações, é crucial para a correta classificação da conduta criminosa. A diferenciação entre consumação e tentativa determina as penas aplicadas e, portanto, tem impacto direto na justiça e proporcionalidade das sanções.

Ao garantir a devida compreensão e aplicação desses conceitos, o Direito Penal cumpre sua missão de proteger a sociedade, preservar a justiça e equilibrar os direitos individuais com o interesse coletivo. A análise criteriosa dos casos, levando em conta a previsão legal e as considerações sobre consumação e tentativa, é fundamental para o fortalecimento do Estado de Direito e para a promoção de uma sociedade mais justa e equitativa.

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About the Author

Me chamo Mariana Carvalho, sou advogada, professora de Direito e autora publicada pela Editora Juspodivm. Eu te ajudo a passar na OAB!

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