Vitimização primária, secundária e terciária no direito penal: veja!
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Vitimização primária, secundária e terciária no direito penal

Direito

vitimização primária, secundária e terciária

A vitimização é um fenômeno complexo que pode ocorrer em diferentes momentos do processo criminal. No direito penal, podemos distinguir três tipos de vitimização: primária, secundária e terciária. Cada uma dessas formas de vitimização possui características próprias e pode afetar de diferentes maneiras as pessoas envolvidas em um crime. Neste artigo, vamos detalhar cada um desses conceitos e apresentar exemplos para ilustrá-los.

Vitimização primária: o impacto direto do crime na vítima

A vitimização primária ocorre quando a pessoa sofre um dano direto em decorrência de um crime. Isso inclui, por exemplo, casos de violência física, sexual, psicológica ou patrimonial. Nesses casos, a vítima é diretamente afetada pelo crime e pode sofrer consequências a curto e longo prazo, como traumas, estresse pós-traumático, depressão, ansiedade, entre outros.

Um exemplo de vitimização primária é o caso de uma mulher que sofre um estupro. Nesse caso, a vítima é diretamente afetada pelo crime e pode sofrer consequências físicas e psicológicas graves. Além disso, ela pode enfrentar dificuldades para retomar sua vida normal após o ocorrido.
Outro exemplo é o caso de um roubo a mão armada em que a vítima é agredida física e psicologicamente pelos criminosos. Nesse caso, além do prejuízo financeiro, a vítima pode sofrer sequelas físicas e emocionais que afetarão sua vida cotidiana.

Vitimização secundária: o impacto do sistema de justiça criminal na vítima

A vitimização secundária ocorre quando a vítima sofre um dano adicional em decorrência do tratamento recebido pelo sistema de justiça criminal. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando a vítima é culpabilizada pelo crime, não é ouvida ou é revitimizada durante o processo criminal.

Um exemplo de vitimização secundária é o caso de uma mulher que sofre violência doméstica e, ao denunciar o agressor, é questionada sobre seu comportamento e suas roupas, como se a vítima fosse a responsável pelo crime. Nesse caso, a vítima sofre um dano adicional em decorrência do tratamento recebido pelo sistema de justiça criminal.
Outro exemplo é o caso de um roubo a mão armada em que a vítima é tratada com desrespeito pelos policiais ou juízes, como se seu depoimento não tivesse importância. Nesse caso, a vítima sofre um dano adicional em decorrência do tratamento recebido pelo sistema de justiça criminal.
vitimização

Vitimização terciária: o impacto do crime na comunidade

A vitimização terciária ocorre quando o crime afeta a comunidade de maneira mais ampla, gerando medo, insegurança e outros problemas sociais. Isso pode ocorrer, por exemplo, em casos de crimes violentos que geram sensação de insegurança na população local.

Um exemplo de vitimização terciária é o caso de um homicídio em uma comunidade, que pode gerar medo e insegurança nos moradores, afetando sua qualidade de vida e aumentando a sensação de vulnerabilidade.
Outro exemplo é o caso de um roubo a uma loja em um bairro comercial, que pode afetar negativamente a economia local e gerar prejuízos para os comerciantes e moradores da região.

Considerações finais

A compreensão dos diferentes tipos de vitimização é fundamental para o entendimento do processo criminal como um todo. É importante lembrar que cada caso é único e que as consequências do crime podem afetar as vítimas de maneiras diferentes. Além disso, é fundamental que o sistema de justiça criminal seja sensível às necessidades das vítimas e as trate com respeito e dignidade, evitando a revitimização e garantindo que seus direitos sejam respeitados.

Em resumo, a vitimização primária é o impacto direto do crime na vítima, a vitimização secundária é o impacto do sistema de justiça criminal na vítima e a vitimização terciária é o impacto do crime na comunidade. É necessário que sejam adotadas medidas para prevenir e combater a vitimização em todas as suas formas, garantindo que as vítimas recebam o apoio necessário para superar os traumas causados pelo crime.

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About the Author

Me chamo Mariana Carvalho, sou advogada, professora de Direito e autora publicada pela Editora Juspodivm. Eu te ajudo a passar na OAB!

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