Pressupostos da medida de segurança: entendendo o seu uso
Menu

Pressupostos da medida de segurança: entendendo o seu uso

Direito

Pressupostos da medida de segurança

A medida de segurança é uma medida aplicável às pessoas que, em virtude de uma enfermidade mental ou retardo mental, são consideradas perigosas para a sociedade. Nesse sentido, é importante entender quais são os pressupostos para a sua aplicação, bem como as implicações que essa medida pode trazer para a vida do condenado. Neste artigo, vamos discutir os pressupostos da medida de segurança no direito penal, suas implicações e dar exemplos práticos.

Pressupostos da medida de segurança

Existem dois pressupostos básicos para a aplicação da medida de segurança no direito penal: a periculosidade do agente e a sua inimputabilidade.

Periculosidade

A periculosidade é a característica da pessoa que apresenta risco à sociedade. É importante ressaltar que nem toda pessoa que comete um crime é considerada perigosa. A periculosidade é avaliada levando-se em conta a personalidade do agente, o tipo de delito cometido e a sua possibilidade de reincidência.

Inimputabilidade

A inimputabilidade é a condição de alguém que, por uma enfermidade mental ou retardo mental, não tem capacidade de entender o caráter ilícito do seu ato ou de se comportar de acordo com esse entendimento. Nesse caso, a pessoa não pode ser responsabilizada criminalmente pelo seu ato, pois não possui o necessário discernimento para tal.

Implicações da medida de segurança

A medida de segurança é uma medida aplicável somente aos inimputáveis que apresentam periculosidade, ou seja, aqueles que oferecem risco à sociedade. Sua finalidade é proteger a sociedade e tratar o indivíduo que cometeu o ato criminoso. A medida pode ser de caráter curativo ou preventivo, dependendo da finalidade que se quer alcançar.

A medida de segurança pode ser aplicada em substituição à pena privativa de liberdade ou como medida de segurança autônoma, que não depende da condenação penal. Em geral, a medida de segurança é aplicada em hospitais psiquiátricos, mas pode ser cumprida em regime ambulatorial, se for o caso.

Pressupostos da medida de segurança entendendo o seu uso

Exemplos práticos

Para entendermos melhor os pressupostos da medida de segurança, vamos apresentar dois exemplos práticos:

Exemplo 1: João, que possui esquizofrenia, foi condenado por homicídio. Em virtude de sua enfermidade, não possui capacidade de entender o caráter ilícito do seu ato. Além disso, o laudo pericial atestou que ele é perigoso para a sociedade. Nesse caso, João não pode ser condenado penalmente e deve cumprir medida de segurança.
Exemplo 2: Pedro foi condenado por roubo à mão armada e, em virtude de seu histórico de violência, foi considerado perigoso para a sociedade. No entanto, não há indícios de que ele sofra de qualquer enfermidade mental que o torne inimputável. Nesse caso, a medida de segurança não pode ser aplicada, pois um dos pressupostos não está presente.

Além disso, é necessário que se verifique que o agente é perigoso para a sociedade, ou seja, que sua conduta representa um risco real para a integridade física ou moral das pessoas. Essa avaliação é realizada por meio de laudos psiquiátricos e psicológicos, que devem ser produzidos por profissionais habilitados e experientes.

Exemplo 1: Um homem é acusado de estupro e durante o processo é diagnosticado com transtorno de personalidade antissocial. Diante disso, é possível que seja aplicada uma medida de segurança de internação em hospital psiquiátrico por tempo indeterminado, já que o agente é considerado perigoso para a sociedade.
Exemplo 2: Um jovem com histórico de agressividade é condenado por lesão corporal grave e, durante a avaliação psicológica, é diagnosticado com transtorno explosivo intermitente. Nesse caso, a medida de segurança aplicável seria a internação em hospital psiquiátrico por tempo determinado, até que o agente seja considerado apto a retornar à sociedade sem representar riscos.

Conclusão

As medidas de segurança são um importante instrumento do sistema penal para a proteção da sociedade e da própria pessoa do agente que apresenta transtornos mentais. No entanto, sua aplicação deve ser cuidadosa e baseada em critérios bem definidos, a fim de evitar abusos e garantir o respeito aos direitos fundamentais do indivíduo.

Este é um dos tópicos chave que costumam ser cobrados  na primeira etapa da prova OAB. 

Sem dúvida é um tópico que não pode faltar na sua preparação para a OAB.

Quer saber como acertar esse tema, e muitos outros na prova da OAB? Participe da nossa aula GRATUITA e aprenda como passar na oab focando nos temas que são mais cobrados!

Você vai aprender os principais erros que os examinados cometem (e que você NÃO PODE cometer), vai aprender os pilares para a aprovação na OAB, e muito mais.

Então aproveiteparticipe dessa aula gratuita! Clique no botão abaixo e se inscreva:


Para ler maiartigos de direito, acompanhe as demais postagens aqui no blog.

About the Author

Me chamo Mariana Carvalho, sou advogada, professora de Direito e autora publicada pela Editora Juspodivm. Eu te ajudo a passar na OAB!

>